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Cyberstorm - Dia da Toalha #6

Matthew Mather
''Fui tomado por uma forte sensação de déjá vu, mas não por nada que já tivesse vivido. Parecia que eu estava vivendo as histórias que Irena me contara a respeito do sítio a Leningrado, setenta anos antes. Aquela ciberguerra não parecia ter nada a ver com o futuro, mas, sim, ser parte do passado, como se estivéssemos retrocedendo em direção à infindável habilidade que os seres humanos têm de infligir sofrimentos uns aos outros.
Para ver o futuro, bastava olhar para o passado.''

Em meio a uma forte tensão política internacional, os Estados Unidos sofrem um grande ataque cibernético: todos os meios de comunicação começam a falhar. Ao mesmo tempo, uma forte tempestade de neve assola a cidade de Nova York, e uma possível epidemia de gripe aviária parece se aproximar. Presos na cidade e quase sem contato com o resto do mundo, os moradores de repente se veem imersos em um cenário verdadeiramente apocalíptico. Enquanto rumores e especulações correm sobre a origem desses ataques, Mike Mitchell se concentra em questões que para ele parecem mais urgentes. A crise o atingiu em um momento crítico de sua vida, complicando seus já confusos problemas pessoais e financeiros. Agora, sua prioridade é manter a família unida e viva no crescente caos que se que se forma a sua volta.
Olá Pessoal, tudo bem?
Esse livro me chamou a atenção pelo enredo desde o seu lançamento e por fim, acabei conseguindo em uma troca no Skoob. É um livro sobre o apocalipse, mas ao contrário do que vemos por aí não envolve, aliens, zumbis ou um guerra nuclear, dessa vez, enfrentamos um inimigo invisível e difícil até de detectar, pois estamos enfrentando uma cyberguerra.
O livro inicia em Nova Iorque, onde Mike vive um momento de crise no casamento, a esposa de família rica não parece satisfeita com a vida que eles levam em um apartamento pequeno, mas muito bem localizado em plena Manhattan em um edifício super moderno, tecnológico, cujo os principais sistemas são gerenciados via internet. Ele trabalha com redes sociais, ela parou de trabalhar quando ficou grávida, mas os pais tinha grandes planos para ela como advogada e quem sabe até um cargo politico.
Próximo ao Natal as coisas começaram a ficar estranhas, primeiro um ataque de um vírus deixou os sistemas de logísticas malucos e as entregas não puderam mais ser feitas e de repente inicia o caos, caí a internet, na televisão alguns noticias desencontradas de conflitos do golfo da China, estariam o EUA sob ataque, noticias sob surto de gripe aviária, seguidas de outros boatos sobre surtos, um acidente grave de trem, aviões teriam sido abatidos? E então uma queda na energia elétrica seguida pela parada no fornecimento de água tudo isso em  meio a maior nevasca ocorrida em Nova Iorque nos últimos tempos.
O vizinho e melhor amigo de Mike, Chuck é um sobrevivencialistas, aquelas pessoas que sempre estão esperando por uma catástrofe, e esta melhor preparado para enfrentar essa situação, ele e Chuck se unem a alguns vizinhos e tentam se manter em segurança, conforme orientação do próprio presidente, que pede a todos que se mantenham em segurança, pois essa situação será normalizada em breve.
O problema é que com tudo isso acontecendo Nova Iorque esta isolada, sem comunicação, sem noticias oficiais as teorias de conspiração são alimentadas pelos boatos e o pânico se espalha, o instinto de sobrevivência predomina e já não se sabe em quem confiar. Vizinhos se olham de maneira desconfiada, todos parecem se acusar mutuamente. No meio a esse caos Mike só quer proteger a sua família, fazer com que eles sobrevivam a esse apocalipse.
O livro me deixou tensa do inicio ao fim, é muito fácil se colocar no lugar deles, pois é um cenário hipotético que parece mais fácil de acontecer. Quais são as reais proteções que temos na internet? Se um tipo de ataque desse ocorresse teríamos como reverter a situação de forma rápida?
Há grandes discussões ao longo do livro, como por exemplo, quando uma empresa de oferece um serviço gratuito (uma rede social, um app qualquer, um jogo e etc) na verdade não é nada gratuito, uma vez que, eles se apoderam de nossas informações e nossos dados que são comercializados das mais diversas formas (não se esqueça no escândalo do facebook nas eleições americanas - Dados de Milhões de usuários foram usados em campanha politica), qual seria a melhor forma de proteger a rede? Vigiando tudo, diminuindo a liberdade ou a aparente liberdade que temos na rede, uma vez que, hoje mesmo nos dados podem estar na mão de pessoas que se quer imaginamos.
Além dessa, que é a grande discussão é discutido politica, a ação dos hackers e o quanto governo e instituições tradicionais como exercito e policia estão preparados para essa nova realidade de uma ambiente cibernético, mas que cada vez mais se mistura ao nosso mundo real.
Os momentos de tensão, luta pela sobrevivência e medo real são os melhores do livro, vi muita gente reclamando sobre a falta de profundidade dos personagens, mas eu acredito que o livro entrega aquilo a que se propõe, um livro de sobrevivência que nos leva a pensar a questão da tecnologia com mais seriedade, se hoje perdemos a internet não perderíamos apenas instagram, youtube e whattapp, mas toda uma rede de fornecimento básico que hoje estão ancoradas na internet.
Esse livro não é uma unanimidade entre leitores, teve muita gente que não gostou nada (veja as resenhas no skoob), mas se você gosta de uma história de sobrevivência, provavelmente esse é um livro para você.
"A violência... não deveria ter me surpreendido. Seres humanos eram violentos... cada um de nós só estava vivo porque nossos ancestrais tinham matado e comido outros animais, vencido todo o resto para sobreviver... éramos assassinos, matando antes de sermos mortos!"
Desafio a você terminar esse livro e não pensar em fazer algum tipo de preparação para uma catástrofe, talvez um pequeno estoque de alimentos, água, uma pilhas quem sabe?
Livro: Cyberstorm
Autor: Matthew Mather
Editora: Aleph
368 páginas
Por hoje é isso,
E vocês conhecem esse livro? Gostam de sci-fi e livros sobre apocalipse?
Até a próxima,

Dani Moraes

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