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A autobiografia de Alice B. Toklas

Gertrude Stein


Olá Pessoal, tudo bem?

Hoje vamos conversar um pouco sobre o livro: A autobiografia de Alice B. Toklas meu primeiro contato com a Gertrude Stein. Esse foi o meu livro escolhido para o desafio do Skoob de Março - livro escrito por mulher e para falar a verdade eu não sabia nada sobre o livro e foi uma tentativa de conhecer a obra da autora.

Gertrude é uma escritora americana que viveu boa parte da sua vida e principalmente, a parte da vida produtiva como artista em Paris e conheceu e conviveu com diversos artistas tais como: Matisse, Pablo Picasso, Juan Gris, Hemingway e Fitzgerald, para citar apenas alguns. Alice B. Toklas foi companheira de Gertrude por anos e essa autobiografia é uma subversão do que classicamente poderia se chamar assim, uma vez que, em uma autobiografia espera-se que personagem, narrador e autor, tratem-se da mesma pessoa o que não acontece nesse caso. Portanto, Gertrude se apropria da voz de Alice para criar uma especie de biografia de si mesma.

A história é ambientada em Paris dos anos 10 e 20. Gertrude era muito fã de pintura, inclusive considerando que a sua própria escrita era influenciada por essa arte, dessa forma, ela acaba por conhecer muitos artistas dos grandes movimentos surgidos no período como: cubismo, dadaísmo e surrealismo. Um dos seus amigos mais íntimos era Picasso, portanto, no livro é relatada várias histórias envolvendo esses artistas e também alguns escritos, especialmente os também expatriados na época.

O livro não tem muito do que caracteriza a obra da autora, como as repetições que criavam uma estrutura mais experimental. Mas mesmo assim, o livro esta longe de ter uma narrativa comum e estabelecida. Começando pela questão da autobiografia e passando pela narrativa cortada, permeada por divagações, apesar da tentativa de seguir uma cronologia, o que vemos é que muitas vezes, ela inicia um assunto, vai para outro como uma linha caótica, retornando ao primeiro assunto e prometendo retomar o segundo em momento propicio.

Para ser bastante sincera, não gostei do livro, alguns dos artistas citados eu conhecia e outros não e os relatos de todos os acontecimentos passados no período não chamaram minha atenção. Além disso, essa narrativa caótica de vai e vem me irritou um pouco. Muitas vezes, o que se utiliza como marcadores cronológicos são as criações e publicações da obra da autora, acredito que, o livro faça mais sentido para um fã da autora ou por aquelas pessoas que tem fascínio por esse período. 

Livro: A autobiografia de Alice B. Toklas
Autor: Gertrude Stein
Editora: Cosac Naify
288 páginas

Por hoje é isso,

Até a próxima,

Dani Moraes


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