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A montanha e o rio

Da Chen
 

Olá Pessoal, tudo bem ?

Hoje eu gostaria de conversar com vocês sobre esse livro que vai contar para muitos dos desafios aqui do blog (ou seja estou roubando...rsrs...) é o livro do mês do desafio do Skoob, mas também estava nas minha metas literárias e vai contar para o Livrada que ainda não liberei minha TBR. E além de tudo isso, ele é meu livro da China do Desafio lendo o Mundo...ufaaa....

O livro se passa na China entre 1960 e 1998, dessa forma, vamos acompanhar um momento histórico muito importante da China. Em 1960 estávamos no auge da Revolução Cultural e no governo de Maó Tsé Tung e nesse período duas das famílias mais importantes eram: Long (banqueiros) e Xia (exercito) e da união dessas duas famílias nasceu o Tan já com uma promessa de um grande futuro.  Em contraponto ao Tan temos Shento, o garoto nascido em meio a um desastre, enquanto sua mãe tentava se matar e salvo por um milagre.  O que une esses dois personagens? Shento é o filho bastardo de Ding Long, o grande general pai de Tan.

O livro é então escrito alternando o ponto de vista dos dois garotos e mais ou menos do meio do livro para frente começam a aparecer pequenos capítulos contados por Sumi, uma outra personagem de grande importância para a história, mas ainda assim, o livro é prioritariamente contado sob o ponto de vista dos dois.

A medida que a história vai passando vamos acompanhando a história desses irmãos, porém trazendo como pano de fundo a história da própria China. A princípio,  parece que teremos aquele cliché: o irmão bastardo tudo sofre enquanto o outro segue em sua vida de privilégios, mas a medida que a condição politica e social da China vai se alterando a vida dos irmãos também vai.

Os irmãos personificam uma China dividida, cada um representando o novo e o velho, a antiga ordem social e o vanguardismo que se apresenta. E o interessante é que com o passar do livro esses irmãos alternam de posição muitas vezes.

Vemos aqui representados alguns momentos históricos importantes como: a derrocada do sistema de governo de Maó e da revolução cultura, o inicio da abertura econômica e o massacre ocorrido na praça da paz celestial, mas é claro que, as razões e motivos são alterados para se adequarem a ficção criada e a vida desses dois irmãos, no entanto, não deixa de ser uma boa forma de se ter um retrato da China.

Gostei bastante do livro, a leitura é fluída, uma critica é que você não sente muita diferença no tom de quando o livro é contado pelo Shento ou Tan, mas isso não atrapalha a leitura. Tenho que admitir que não gostei muito do fim, na verdade, não sei dizer o que eu queria do fim desse livro, mas não foi exatamente isso que aconteceu, mas de maneira geral é um livro que eu recomendo a leitura, principalmente, se você se interessa por conhecer um pouco mais sobre a China.

O capítulo de abertura contando a história do nascimento do Shento merece um destaque especial.

Livro: A montanha e o Rio
Autor: Da Chen
Editora: Nova Fronteira
493 páginas.

E vocês o que andam lendo? Tem algum romance sobre a China para me indicar? Fiquei interessado no assunto?

Até a próxima,

Dani Moraes

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2 comentários:

Lígia disse...

Parece ser bastante interessante. Pela sinopse, lembra um pouco o livro chinês que eu li, Irmãos, que também é protagonizado por irmãos e se passa no mesmo período, mas acho que o estilo de escrita deve ser completamente diferente.

Unknown disse...

Ligia,
O interessante é que o nome original desse livro é: Brothers
Pelo que vi da sua resenha a pegada é diferente mesmo, mas assim como no livro que você leu, nesse aqui também senti que de um dado momento para frente a história deu uma desandada.
Bjus,

Dani Moraes

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