J.R.R. Tolkien
Olá
pessoal,
Voltei
agora para falar para vocês sobre os dois últimos livros da triologia Senhor
dos anéis, esse épico, incrível, maravilhoso, sem adjetivos para qualificar
essa serie formidável. Fiz um post sobre
o primeiro livro e portanto, nesse vou falar sobre os outros dois, para quem
não leu e não quer nenhum spoiler o primeiro livro eu aconselho a pular os
próximos parágrafos e ir diretamente
para parte que faço o fechamento da série, na parte em que comento sobre os
personagens.
As duas torres: Conta a história logo
depois do final da sociedade do anel, ou seja, a sociedade se dissolveu Sam e
Frodo vão em direção a Mordor e depois da morte de Boromir , Aragorn, Gimli e
Legolas vão em busca de Peregrin e Meridoc que foram sequestrados pelos orcs.
E assim
intercalando as histórias vamos sendo apresentados ao povo de Rohan e
entendendo qual o objetivo de Saruman com seus orcs diferenciados. É também
nesse livro que somos apresentados a Faramir e a regência de Gondor. Vamos
conhecer um dos povos que acho mais fantásticos os Ents, nosso querido Barbárvore.
Outro ser que só poderia sair de uma cabeça tão criativa quanto a de Tolkien é
a Laracna e há uma suposição de que esse animal foi baseado em uma experiência
pessoal da infância de quando foi picado por uma aranha, ainda quando vivia na
África do Sul.
Ao
mesmo tempo vamos vendo a luta de Frodo e Sam que tiveram uma ajudinha
inusitada para chegar ao seu objetivo.
Esse é
meu livro preferido, onde ocorre tanta ação, mas ao mesmo tempo é um livro de
transição, todo mundo está no caminho de algum lugar e ninguém tem esperança
sobre o seu destino. Estão todos presos entre as duas torres Isengard e Mordor.
Vamos
falar sobre o filme: eu não gostei, enquanto obra cinematográfica é muito bom,
mas por mais que tenha tentado me despir da história e assistir como um
telespectador, a história estava muito viva em mim e algumas mudanças do
original no livro me incomodaram bastante, é claro que eu entendo que é outra
linguagem, mas não acredito que essas mudanças fossem necessárias.
Obvio
que muita coisa ficou de fora, no filme não dá para perceber o quanto a busca
por Pipim e Merry foi exaustiva e longa e nem o quanto os pobres hobbits
sofreram na mão dos orcs. Também não conseguimos ver a esperteza do Pipim que
foi importante para história. Não fica claro o conflito entre os orcs de
Saruman e Sauron. O encontro com Barbavore, as conversas tudo foi muito
abreviado. E como no livro as coisas foram contadas em partes separadas ficamos
muito ansiosos querendo saber o que está ocorrendo com os outros personagens e
isso se perde no filme.
De novo
Hollywood precisou de por um pouco de romance, com Arwin aparecendo (a atriz
precisava do cache...rs) e mudou completamente a batalha de Roran, achei
desnecessário, mas não me incomodou, nem mesmo o draminha com Aragorn se
perdendo na batalha. É importante lembrar que no livro Aragorn, Gilim e Legolas
permanecem sempre juntos eles sempre seguem seu líder.
O que
eu não gostei foi do Eomér ter aparecido apenas no final para salvar o dia, no
livro ele está sempre ao lado de seu rei e inclusive lutando ao lado de Aragorn
que eles vão formar uma amizade e um respeito mútuo que continua pelos livros.
Mas o que eu mais detestei foi a mudança na atitude de Faramir. Faramir não é
Boromir, eles tem uma personalidade muito diferente e para mim isso é
imprescindível para história, não gostei nem um pouco disso e achei
desnecessário, sem falar que você muda a essência do personagem.
O retorno do rei: Começa de maneira muito aflitiva, pois Frodo e
Sam foram traídos por Gollum e os homens de Roran, Aragorn, Merry, Gillim e
Legolas vão em direção a Gondor, enquanto, Gandalf e Pipim seguem na frente e
chegam a cidade para começar a organizar a resistência. É nesse livro que as
grandes batalhas vão acontecer, incluindo a batalha final.
Enquanto Sam luta para salvar seu mestre ajudá-lo a cumprir
sua missão.
Além de
encerrar a grande obra épica esse livro traz vários apêndices que auxiliam na
compreensão da história como um todo.
Considerações sobre os personagens:
Hobbits: Eu
gostaria de ter um amigo hobbit, eles são as melhores companhias nos momentos
mais traumáticos, porque estão sempre de bom humor e pensando nas coisas boas
da vida como comer e uma boa conversa sobre coisas muito superficiais. Outra
coisa que notamos é a influência da época, por exemplo, é o quanto eles
valorizam o fumo, na época de Tolkien fumar era mais do que normal e uma
questão de status.Outra coisa sobre os hobbits é perceber o quanto são fortes e resilientes quando é necessário, ou seja, não importa o quão frágil você pareça por fora, pois o que importa realmente é força que vem de dentro. E nunca, nunca subestime ninguém.
Meu hobbit preferido ainda é o Bilbo adoro o bom humor dele,
o sarcasmo e o quanto ele evolui dentro da sua própria história, apesar de
Frodo ter uma responsabilidade muito maior, pois sobre repousa toda a esperança
da Terra-Media, mas acho ele mais linear, não consigo ver conflito ou evolução
no personagem. Por isso, em Senhor dos Anéis eu acho Sam um personagem mais
complexo, seu amor por seu Mestre e a coragem que vai crescendo dentro dele.
Gollum ou Smigol:
é a personificação do conflito eterno entre o bem e o mau que ocorre dentro de
cada ser. Ver esse conflito, perceber as nuances. Além disso, ele também
representa o que uma influência maléfica é capaz de operar na alma de um ser
(no caso o Anel).
Gilim e Legolas:
São as duas raças que se odeiam, apenas porque não se compreendem. É Israel e
Palestina, a coisa mais incrível é ver a construção da amizade entre eles que
vai crescendo e se solidificando até que eles nem se lembram o porquê que as
raças se odeiam e tudo que resta é a cumplicidade e o carinho entre eles.
Aragorn:
Simboliza a força do homem que está no caráter, na coragem, no desprendimento e
no carisma que leva todos a seguir sua liderança sem questionamentos.
Gandalf: É aquele guia, o coach que todo mundo gostaria de ter, pois sempre aparece na hora final para dar aquele auxilio mais que necessário.
Esse é um livro épico e cheio de simbolismos e por isso
mesmo acaba recebendo várias interpretações muitos dizem que é uma alegoria da
segunda guerra e até interpretação teológica como representação da luta do bem
e do mal (Deus X Diabo). Tolkien nunca confirmou ou negou essas afirmações. A
verdade é que Tolkien era profundamente religioso e vivenciou a segunda guerra
e a obra é sempre espelho do artista e é difícil que as crenças do Tolkien ou a
época em que viveu não tenha influenciado na sua obra.
Porém acima de qualquer interpretação o importante é a
experiência de cada leitor com a obra, para mim a obra trouxe momentos
incríveis e descobri que tenho um outro lugar seguro no mundo das letras –
Terra-Media.
Livro: O senhor dos anéis – As duas torres
Autor: J.R.R.Tolkien Editora: wmfmartinsfontes
Ano: 2009
Classificação: Fantasia
364 paginas
Livro: O senhor dos anéis – O retorno do rei
Autor: J.R.R.Tolkien
Editora: wmfmartinsfontes
Ano: 2009
Classificação: Fantasia
431 paginas
Até a próxima,
Dani Moraes
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