Vitor Hugo
"Verdade ou mentira, muitas vezes o que se diz dos homens tem tanta importância em sua vida como o que estes realmente fazem."
Oi Pessoal,
Tubo bem?
Vou tentar fazer uma coisa diferente aqui no blog, que vi algumas pessoas fazendo, mas eu particularmente nunca tentei: um diário de leitura.
A Francine do canal Livros&Café esta fazendo diário de leitura do Graça Infinita - David Foster Wallace e nesse vídeo ela explicou mais ou menos como fazer o diário e o porque ela faz diário de leitura e achei que seria interessante tentar fazer isso com "Os miseráveis", uma vez que, o livro é gigante (1972 páginas) comecei a ler ano passado e dei aquela parada e acho que vou demorar bastante para terminar a leitura e como esse é um clássico que promete ser uma leitura maravilhosa acho que vale a pena esse investimento.
Vou tentar fazer esse diário aqui no blog a cada 100 páginas mais ou menos.
Eu li 66 páginas ano passado e não estava fazendo esse diário na época, então talvez esse primeiro diário não tenha muitos detalhes, mas vamos lá.....
Minha edição é a da CosacNaify de bolso, que eu comprei em uma promoção da amazon com mais de 50% de desconto, porque esse livro é muito caro e apesar de bonita eu acho muito frágil, principalmente para um livro desse tamanho.
O livro é dividido em 5 partes com vários livros em cada parte. Dessa vez, eu li o primeiro livro (Um Justo) da primeira parte (Fantine):
Nesse livro somos apresentados ao Bispo de Digne, o Sr. Charles-François-Bienvenu Myriel e que e posso dizer, ele é uma pessoa bastante peculiar, principalmente se levamos em consideração a época em que ele vivia, pois numa época em que a igreja era suntuosa e prezava pelo luxo, ele era um bispo que pode ser definido como humilde, simples e realmente preocupado com a população. Segundo, uma nota do livro o personagem parece ter sido inspirado em São Francisco e só por isso, já ganhou todo o meu respeito.
"Ser santo é exceção; ser justo é regra. Errem, desfaleçam, pequem, mas sejam justos."
Com relação a escrita eu estou achando bem gostosa e com umas reflexões muito verdadeiras:
"Ensinem o mais possível aos que nada sabem; a sociedade é culpada de não instruir gratuitamente e responderá pela escuridão que provoca. Uma alma na sombra da ignorância comete um pecado? A culpa não é de quem faz, mas de quem provocou a sombra."
O bispo abriu mão da casa confortável em que vivia para trocar de prédio com o hospital para conseguir oferecer mais conforto aos enfermos e além disso, ele visitava lugares que outros religiosos não visitavam por medo dos bandidos, mas ele não deixa uma parte de seu rebanho sem assistência e sempre dá esse tipo de lição nessa sociedade que não costumava olhar para esse lado da pobreza.
Na página 76 tem uma discussão muito interessante entre o bispo e um convencionalista (eram pessoas que participaram da assembleia que assumiu o governo depois da revolução francesa e foram eles que condenaram Luiz XVI a morte) a discussão é em torno da revolução francesa sua importância e a barbárie envolvida. É interessante o quanto o convencionalista demonstra que a barbárie sempre existiu e você começa a relativizar um pouco a história.
Podemos dizer que o bispo era um homem de fé simples, principalmente pautada no amor, a sua filosofia era o evangelho, especialmente o versículo: "Amais uns aos outros assim como eu vós amei", bem no finalzinho dessa parte tem uma alusão ao cuidado que D. Bienvenu tinha com os animais e é impossível não ver a clara relação com São Francisco de Assis.
E assim finaliza essa parte do livro que nós apresentou a esse bispo interessante.
Vou continuar a leitura e provavelmente devo ler mais dois ou três livros (esses são menores que o primeiro) e depois voltamos a conversar.
Espero que gostem dessa novidade do blog,
Deixem sua opinião e se leram ou estão lendo "Os miseráveis" vamos compartilhar nossas opiniões,
Até mais,
Dani Moraes
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